04/11/2010

Afogados nessa onda.


É triste ver uma banda, um cantor ou um ídolo ser deixado para trás, esquecido por sua legião de fãs. De duas uma: ou não tem status e potencial para manter-se no centro ou não se faz mais fãs como antigamente. Ou as duas coisas.
A verdade é que não temos mais aqueles talentos que brilhavam no palco e incendiavam as mentes alheias com suas letras de músicas provocantes, estimulantes e ameaçadoras como faziam Cazuza, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, dentre tantos outros inúmeros nomes que marcaram a história da nossa música e da voz do nosso país.
Bem, eles tinham ideais fortes para escrever músicas que rasgavam, mascaradamente, a verdade do nosso país, no caso da era da ditadura militar.
Mas os músicos de hoje, os chamados singers tops, não têm algum ideal forte para “letrar” verdades?
Claro que têm. O mundo, nosso país, está cercado por fatos que merecem destaque nessa área, mas...
A questão dos fãs me implica muito. Hoje, não se gosta apenas de um gênero, de um artista. Viam-se pessoas gritarem enlouquecidas por uma banda considera emo (NXzero), fãs que levaram a banda ao topo do sucesso há 2, 3 anos atrás. Agora, pouco se ouve sobre tal. Quando surge uma nova onda, um novo gênero vira febre e contamina toda a população, ou pelo menos a maior parte dela.
Esses fãs migraram do gênero NXzero para o gênero sertanejo universitário e/ou o gênero que chamo de ‘restart’ (banda super colorida). É só você sair pelas ruas e comprovar o que relato: o Brasil nunca foi tão colorido.
É intrigante ver como tudo não passa de industrialização da cultura. As pessoas não percebem que são manipuladas pela indústria do consumo. Pensam que gostam de tal banda porque se identificam, mas não, tudo não passa de um plágio de gostos que um ou outro é capaz de ter.
É uma pena isso acontecer. Daqui há 2 ou 3 anos, talvez tudo perca um pouco dessa cor, ou não. Enquanto essas bandas ficam passando músicas que fazem lavagem em nossos cérebros, músicas muitas vezes sem nenhum fundamento, verdadeiros talentos capazes de tocar a alma e voltar a incendiar nossa sociedade ficam ofuscado e talvez nunca possam ter uma cor que vibre mais que a atual na nossa sociedade.

31/10/2010

Tempo usurpado

Não é a primeira vez que venho falar sobre o tempo que nos atropela, nem será a última.
Vejo a necessidade desse alerta constante para que as pessoas não estejam vivendo em vão, não desperdicem essa chance, não única, mas tão difícil que é a vida.
Costumo dizer que as ruas do cotidiano nos dão grandes lições. Lições explícitas que tentam nos passar algo que muitas vezes ignoramos.
Outro dia, num costumeiro ponto de ônibus, estava eu meio sem paciência desejando chegar logo em casa. Então, observei uma mulher que também aguardava um ônibus com o seu filho de 5 ou 6 anos.
Fiquei admirando aquele pequeno ser brincar com algum brinquedo que não dei muita atenção e comecei a refletir...
De repente ouço o pequenino dizer:
-Mamãe, eu quero ir pra casa, vamos!
E sua mãe em um suspiro incomodado retornou:
- Paciência menino, espera que logo, logo estaremos lá.
Até esse ponto seria um diálogo normal, bobo até para se tornar uma postagem aqui, mas o que veio a seguir me chamou muito a atenção:
- Paciência mamãe? Você nem sabe o que é isso...
A ousadia do garoto revelara uma verdade que chocara sua mãe. Os adultos estão sempre pedindo calma, paciência às crianças, mas são os primeiros que descartam essa virtude.
Nós, por acaso, esperamos por aquilo que queremos sem reclamar? Aceitamos quando sabemos que algo virá, só que mais tarde?
Não! Somos, então, grandes hipócritas que tentam passar uma falsa virtude às novas gerações. Como queremos que nossos pequeninos exercitem a paciência se eles sequer têm uma demonstração desse comportamento?
Esquecemos que é pelo exemplo dado que se aprende. As crianças copiam aquilo que seus pais fazem dentro de casa e deixam de copiar aquilo que não é feito.
A verdade é que somos usurpados pelo tempo, pela correria da sociedade moderna e abandonamos os velhos costumes. Observando idosos realizando alguma tarefa chega a ser irritante. E por quê? Porque eles realizam cada gesto como se fosse o último de suas vidas, caprichando naquilo que estão fazendo, sem pressa, sem medo de que o tempo acabe.
Nós deveríamos olhar para esses sábios que não permitem ser dominados pelo tempo e copiarmos suas virtudes para que possamos passar para as gerações novas. Antes que o seu filho o deixe no ponto de ônibus e vá para casa sozinho, sem paciência de esperar que o tempo passe naturalmente

17/10/2010

Carta a excelentíssima pasta de dentes.

(Fábula, por Luan Barbosa)
Cara amiga (assim me dou o direito de chamá-la, visto que com você já tenho intimidade desde pequena), não queria precisar ser tão formal e enviar-lhe uma carta de reclamação, mas visto as circunstancias do caso me sinto obrigada, tenho como única essa medida.
Há muito tempo, éramos só você e eu. A pasta e a escova que se completavam. Vivíamos harmoniosamente, apesar dos conflitos presentes, mas não de nossa exclusividade. Sempre fomos uma dupla implacável diante das sujeiras da vida, mas também sempre fomos humildes e recorríamos à ajuda de outrem, como o fio dental, para que a relação de limpeza fosse ainda maior.
Sempre te venerei, pois assim me foi ensinado e com o tempo percebi, por própria consciência, que tu reges tudo ao meu redor, é a força maior para meu êxito.
O que me incomoda, agora, é a chegada de uma parceira em nossas vidas. A princípio me pareceu conveniente ter a companhia de alguém, uma escova jovem, bonita, vistosa e eficiente. Logo me encantei por seus talentos. Pensei que pudéssemos ter uma boa relação, mas com o passar do tempo vi que estava me tornando coadjuvante e deixando que a outra assumisse o papel principal nos meus comandos.
Por me achar inferior, recolhi-me e mergulhei em profunda depressão bacteriana, que ia me consumindo e logo me resumiria em resto, ou inutilidade. Sei que nunca deixou de perceber minha existência, mas sinto que precisamos colocar os panos limpos na mesa.
Como um desabafo, perdoe-me minha alteração, mas quem aquela escova pensa que é pra manipular assim a minha vida? Ela é recém chegada e dei-lhe mais poderes do que deveria, mas é hora de cessar esse erro.
Você é o deus que ilumina minhas estradas, e é a ti que amo verdadeiramente. Então, peço-te, de compaixão, que juntos voltemos a nossa velha história e relação e que dispensemos a outra escova, que não mais se faz necessária. Tenho certeza que ela achará um lugar onde será bem-vinda e terá o seu reconhecimento, querendo ficar por lá.
Já lhe sou grata, cara amiga, pela atenção que me dás lendo esse desabafo. Sei que compreenderás as minhas angustias e atenderás o meu pedido. Verás que assim, conseguiremos provocar tantos sorrisos, como já fizemos diversas vezes.

13/10/2010

Até onde vai a sua vaidade?


Nosso mundo vem se tornando cada vez moderno e, consequentemente, competitivo que nos leva à experiências e atos que não nos cabem. . Tem-se hoje um padrão de beleza que é seguido por milhares de jovens em busca da modelagem perfeita. Mas será que vale mesmo a pena sofrer tanto para agradar aos outros? E onde fica o nosso amor próprio ?
Não existem mais limites para alcançar uma utopia, que nos faz mal, que pode até melhorar a estética, mas manipula o nosso ser de tal forma que perdemos nossa originalidade.
Segundo o psicólogo e escritor Augusto Cury os jovens de hoje buscam um padrão de beleza, muitas vezes inatingível, passado bela mídia. Mas afinal, quais são as medidas perfeitas ? 90, 60, 90 ? Será que não estamos nos submetendo à uma escravidão da moda? Porque temos que ser magros? Ou musculosos?
Augusto Cury, em "A ditadura da Beleza" mostra que as pessoas tornam-se doentes e depressivas para conseguirem o corpo perfeito e afima que hoje poucos jovens estão satisfeitos com o corpo que têm. E você, gosto de si mesmo ?
Muitas vezes nos espelhamos em alguém a quem idolatramos, veneramos. Um artísta. Queremos imitá-lo em tudo: aparência, personalidade, enfim. Mas, temos que colocar na cabeça que não existe dois seres iguais na Terra, e quem imita o outro rejeita a si mesmo e fracassa.
Lembre-se: não existe nada mais triste do que uma pessoa não ter amor próprio. O mundo pode rotular-te como lixo urbano, mas se você acreditar que é mais que isso o tempo há de reciclar-te.
Se aprendermos a gostar de nós mesmo não haverá dificuldades na vitória, independentemente da aparência.
Como diz a música "O que é, o que é", de Gonzaginha : "Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz. Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita : É bonita, é bonita e é bonita".

Sua vida também é bonita, enxergue-a e valorize-a!

07/10/2010

E se?



E se eu decidisse que todo o caminho que trilhei até agora não é o certo?
Se eu resolvesse parar no meio da estrada e voltar na contramão, arriscando tudo o que já tenho?
E se eu quisesse voltar pra casa, onde o colo de mãe me espera e as preocupações futuras não me alcançam?
Se eu pudesse voltar no tempo e viver coisas que foram intensas, marcantes e inesquecíveis?
E se eu disser que estou com medo, que estou inseguro, que não sou tão forte quanto aparento?
Se eu revelar meu íntimo, mostrar meus desejos e não mais ser o que você quer?
E se eu parar de cantar, mesmo com a banda ainda tocando, se eu gaguejar quando todos estiverem olhando?
Se eu mergulhar e descobrir que não sei nadar, se eu pular e lembrar que não posso voar?
E se tudo o que escolhi não me agradasse mais, tudo fosse cinza, sem mais cor, como antes era?
Se eu tivesse perdido o dom que me foi dado, ou descoberto que na verdade nunca o tive?
E se eu dissesse que ainda não superei sua ida, que sua ausência me incomoda muito?
Se eu assumisse que tenho medo do fracasso, que temo o futuro, que vou dormir com o medo do amanha?
E se eu parasse de escrever será que alguém sentiria falta, alguém ao menos notaria?
Se eu publicasse mais um livro, ficaria como outros, jogado em uma estante qualquer?
E se nada mais fizer sentido, tudo estiver perdido, nem mesmo os meus “e se”.
Se eu parasse por aqui, entenderias o motivo, ou ainda precisaria de mais suposições?

04/10/2010

Batalha de gigantes


Como não comentar essa emocionante e disputada eleição?
Vimos o circo pegar fogo no país durante toda a campanha eleitoral dos candidatos. Vimos pesquisas que apontavam vencedores caírem por terra e deixar muitos com o queixo caído.
A nível nacional, não se confirmou o favoritismo da candidata do atual presidente Lula, Dilma Rousseff, que ganharia ainda no primeiro turno com uma larga vantagem. A maior surpresa foi a força que a candidata Marina Silva mostrou nesta eleição. Superou os baixos índices das pesquisas e mostrou que os brasileiros não se dividem apenas em pobres e ricos, mas também em cidadãos inteligentes.
Teremos segundo turno, fato. Agora a ‘briga’ vai esquentar ainda mais e sinceramente, caros leitores, não vejo um candidato com uma vitória certa. Tudo pode acontecer.
Na região, mais surpresas. A vitória certa do candidato Zé Maranhão na Paraíba foi derrubada por uma reação inesperada do candidato Ricardo Coutinho. Maranhão foi surpreendido pelos eleitores, que elegeram Ricardo Coutinho no 1º turno. Esse fato pode ser explicado, principalmente, pela ausência do candidato nos debates realizados, afinal não se pode votar em candidato invisível, certo?
Então, teremos segundo turno. Mais uma vez poderemos exercer nossa democracia. Como bons cidadãos, devemos avaliar bem as propostas de todos os candidatos e votar pelo conjunto, pela sociedade em questão.  E num futuro próximo, colheremos aquilo que estamos plantando agora, portanto vale pensar muito antes de decidir o seu voto.

25/09/2010

Viva sem drogas

Brasil, país tropical, vivência dos prazeres capitais. Terra sem controle? Talvez.
É nítido que em nosso país o número de consumidores de drogas cresce com o tempo decorrente. Mas por quê? Por que as pessoas procuram um artifício tão utópico para satisfazer seus desejos gritantes?
Porque somos humanos, mas humanos podem não errar de vez em quando. E se erramos podemos reparar, buscar regeneração.
Entregar-se à vida. Essa é a saída. Colocar-se no palco da vida como protagonista e não permitir que coadjuvantes estranhos, como a droga, roube a cena na sua história.
Permita-se conhecer-se, revele o seu lado mais ardente, exalte sua paixão pela vida. Ela já existe, aflore-a.
Diga sim a vida, renegue esse ser chamado ‘drogas’, renegue aos curtos prazeres falsos que ele te proporciona. São minutos de alucinação em troca da família, dos amigos e por fim, da própria vida.
Não tenha medo de ser rejeitado, a sociedade é dura, mas você pode ganhar seu espaço novamente. Lute por isso, não tenha pena de si próprio, a autocondenação não te salvará.
Lembre-se que todos têm a capacidade de aprender e, quando preciso, de reaprender. Reaprenda! Viva sem drogas, viva livre, viva! Jogando-se ao sol do viver, renovando as cores de tua alma e brilhando diante do Maior, que será o seu levantar, seu renascer e o seu novo trilhar.

21/09/2010

Em Nosso Lar


[...]
Se tratando da produção cinematográfica mais cara do Brasil (cerca de 20 milhões de reais) o filme já é atrativo pelo que pretende oferecer antes mesmo de ser assistido.
Em sua estreia, Nosso lar bateu o recorde de bilheteria de estreias derrubando um filme, também lançado este ano, que também despertou muita curiosidade: Chico Xavier.
Já é o filme mais assistido do país e especialistas em cinema dizem que dificilmente Tropa de Elite 2 (um filme muito aguardado este ano) vai bater o seus índices.
Bem, mas por que esses números são tão volumosos?
É fácil explicar. O filme nem tem uma história que envolve os olhos alheios ou fascina corações duros. Mas é um filme que desperta grande curiosidade do público por tratar de um assunto que não desconhecido, mas pouco divulgado ou aceito: Espiritismo.
Acreditar que a vida após a morte não cessa e que ainda teríamos que enfrentar muitas coisas (dependentes de nossas ações aqui no plano terreno) antes de encontrar a tal felicidade plena.
Nosso lar vem a ser um trabalho sério, que realiza, perfeitamente, o que propõe. Desenvolve a história do personagem André Luís entre flashes do passado e continuação de um presente incerto. Ao decorrer da história mostra como seria o outro lado, coberto ainda por um véu, talvez o da incredulidade.
Desse modo, Nosso lar derruba diversos preconceitos e dá mais um longo passo na intenção de inserir a doutrina do amor, da caridade e da compaixão na vida das pessoas. Em momento algum tenta converter o público à doutrina espírita, talvez esse seja o motivo de tanto sucesso, tanto que está para ser indicado para concorrer ao oscar de melhor filme estrangeiro (fica a torcida).
Muda, assim, a visão até mesmo dos mais céticos, que saem da sala, se não alterados, com uma pontinha de curiosidade para pesquisar e se aprofundar ainda mais no assunto, somando conhecimentos no quesito viver.

16/09/2010

Acorda Brasil!

Depois de um ano super agitado pela Copa do mundo da Fifa, onde o Brasil foi um fiasco, o mundo continua girando e seus propósitos acontecendo.
Em nosso país, por exemplo, o clima de euforia continua a todo vapor. Eleições no ar. Presidente, governadores, senadores, deputados e deputados. Quanta gente atrás de poder, não é?!
As campanhas começaram antes do permitido pela justiça, tal fato gerou diversas multas a candidatos apressadinhos. Mas até aí nada muito sério, nada muito “feio”.
Quando foi dada a partida oficial pelas campanhas, ouve-se promessas daqui, promessas dali, e blá blá blá. Sabemos que dessas, muitas jamais serão cumpridas, mas nos colocamos na obrigação de conhecer as propostas de nossos possíveis candidatos.
Temos simpatia por uns, que nos conquistam com seu carisma, possível caráter e ideias que revolucionariam a sociedade. Viramos a cara para outros, que já conhecemos, sabemos de sua ficha (suja ou não) e horrorizamos os seus outros mandatos.
É até animador ver o quanto o candidato fica próximo do povo em tempo de eleição. São abraços, beijos, troca de afetividade. Mas sabemos que isso acontece com muitos poucos políticos, depois de eleitos.
A população entra no clima e é (ao meu ver) submetida às necessidades dos candidatos. São carreatas, passeatas, divulgação por boca, adesivos, banners, santinhos dos candidatos, enfim. Tudo para ajudar na promoção do candidato e em troca ter um reconhecimento moral ou financeiro.
Chega certo ponto, quando estamos a dias de uma votação tão esperada, que a situação entra num extremo que revira o estômago dos mais fracos frente à sujeira política.
Quando pesquisas são feitas e divulgadas e têm-se a consciência de que tal candidato está na frente pela pesquisa, começam-se as baixarias: candidatos acusando candidatos, escândalos familiares vindo à tona, mas o mais repudiante é que a própria sociedade vira indivíduo versus indivíduo (eu sou melhor que você porque apoio este partido).
“Que país é esse?” Todos sabem. No momento que deveríamos estar todos juntos, em busca do melhor para o nosso estado, nosso país, entramos numa guerra particular que fere os laços sociais e afetivos de nossas relações.
E o resultado? Nunca ganhamos nada com isso. Apenas inimizades, dores de cabeça e muita vergonha na cara.
Ainda há tempo de avaliarmos nossos candidatos e buscarmos o melhor, não para nós, mas para um conjunto. Então façamo-lo, enquanto ainda temos uma pátria democrata e regida pela “voz” da sociedade.

12/09/2010

Dia de faxina

Chega o fim de semana e vem aquela obrigação de deixar a casa limpa, para possíveis visitas. Mas a verdade é que fazer faxina é um saco e te deixa exausto.
Tudo por aqui anda tão sujo... É preciso mesmo arregaçar as mangas e ir à luta.
Mas ao invés de fazermos um faxina na casa, por que não fazemos uma em nós? Claro, estamos precisando de uma boa limpeza.
Veja só toda essa vaidade que, em forma de minúsculo pó, é quase imperceptível e geralmente não a tiramos. Mas daí ela vai aumentando e daqui a pouco é possível ver uma grossa camada de arrogância. Pequemos então o paninho da humildade e passemos duas vezes, para garantir eficácia. Pronto!
Continuando a faxina é possível ver aquele mau humor pregado em nossa cerâmica (Lê-se dentes, sorrir) que está opaca. Urrrrg... Que tal a vassoura da risada? Sim, ela é capaz de nos fazer rir e mudar o que nos deixa de cara feia. Ah, agora já se pode ver o brilho num sorrir.
As paredes que nos sustentam parecem estar repletas de egoísmo. Egoísmo que provoca rachaduras e ameaçam a estrutura do nosso ser.  Lembremo-nos que nossas paredes precisam estar unidas para que possam se sustentar. Tapemos esses rachões com o cimento da união e passemos uma nova tinta, que nos lembre sempre que nossas paredes sustentam o teto.
Orgulho, preconceito, leviandade...  tudo removível com um bom esfregão de consciência e vontade...
É, já é possível notar um novo aroma no nosso lírico. Quão diferente somos quando estamos limpos. As pessoas agradáveis se aproximam da gente fazem com que nos sintamos melhores. Ganhamos elogios pela limpeza...
O que vale é manter sempre a nossa casa limpa e quando for necessário, novamente fazer aquela faxina de domingo para a renovação do nosso ser.



07/09/2010

Parabéns!

O blog tá fazendo 1 ano e para comemorar o visual foi repaginado.
Foi 1 ano de produções e graças a vocês, de sucesso.
Continuarei com as postagens, textos de minha autoria para você, leitor.
Curta muito o blog e divulgue sempre, se gostar.
Obrigado a todos que visitam sempre!

06/09/2010

Sede, sedutor.


Nas montanhas do seu corpo eu dedilho cada canção
Suave como pétala, ardente como paixão.
Incita-me e excita-me ao derramar provocação
És dotada de veneno, veneno de escorpião.

E quão prazer eu tenho ao seu lado toda noite, ao luar
A lua brilha forte e ilumina o desejar
Dois corpos flamejantes, querendo incendiar

Deixe-me deitar e rolar sobre o teu anseio,
Deixe-me amar-te e ter-te por um momento inteiro.

Ao final de uma paixão poderás respirar e sorrir
Se não quiseres, não forçarei, não precisar se vestir
Apenas beba o leite da sedução,
Para que novamente tenhamos essa vibrante excitação
E tudo recomece na mais inocente das canções. 


Dia 06 de setembro, dia internacional do sexo.
Provoque os seus instintos e mergulhe no prazer de viver. Use sempre camisinha!

Por Luan Barbosa

31/08/2010

No meio do caminho, ela se foi.

[...] E assim ela saiu. Sem dizer o porquê, sem dizer se voltava, sem se despedir...
Fiquei tão atordoado com sua partida que parei de me alimentar. Sentia tanta sua falta. Ela me dava condições para viver e alimentava os meus sonhos.
- Por que foste embora?
Talvez tenha sido apenas uma ilusão. Talvez eu nunca a tenha tido de verdade, talvez ela apenas repousara em meu âmbito enquanto eu brincava de escrever.
E agora, que faço eu sem seu sopro ao meu ouvido? A quem vou recorrer quando a sanidade persistir em ficar?
Se me castigas por não dar-te o tamanho valor que mereces. Perdão. Sou humano, sou errante, sou pagão. Confesso que por vezes fui arrogante achando que eras apenas um complemento do meu ser, que eu brilhava sozinho. Ledo engano. És fundamentação em minha arte, não quero, pior, não sei viver sem te ter. Volte.
Em minhas preces peço ao Grande que me ajude a encontrar-te novamente. Nunca fui tão fervoroso em minhas orações, talvez nunca tivesse perdido alguém tão essencial.
Todos notam a sua ausência. Todos lamentam a tua partida e todos concordam quem sem você sou só mais um por aí.
Esse é só mais um texto que relata minha saudade de você, minha cara.
Espero que seja o último e que você esteja perto de voltar. Não posso mais ficar a escrever coisas que não tocam a alma. Não tenha pressa, volte renovada, mas não demore preciosa inspiração.

Por Luan Barbosa, 31/08/2010

23/08/2010

Quero dizer Não


Se contar nos dedos as diversas vezes que sacrifiquei minhas vontades para atender desejos alheios... Faltarão dedos.
É do ser humano, e mais ainda de mim, ser submisso às pessoas, principalmente as que nos são próximas, como amigos e familiares.
Por mais que você saiba que aquilo não é legal para você, que não é o que você quer você acaba fazendo para agradar aos outros.
Seriamos então marionetes sem personalidade? Talvez. Alguns de nós. Porém, é difícil dizer não para alguém que tem vínculos afetivos com você. Você acaba sufocando o seu querer e diz ‘sim’.
Mas isso é tão humano. Coloco-me no lugar daquele que me pede algo: Se fosse eu, pedindo algo, um favor, eu iria querer receber um não? Não!
Esse ato humano acaba por nos levar à lugares que não queríamos ir. Então a lição que eu venho tentando aprender a minha vida toda: Preciso aprender a dizer não.
Por mais que seja ‘chato’ ou desagradável, é preciso, às vezes, ter personalidade e firmar-se com o que quer. Se assim não o fizer, serei sempre aquele que afoga os próprios desejos e estende a vontade dos outros no patamar mais alto. Isso tem que mudar!
Um não, nem sempre é o fim do mundo. Muitas vezes ele nos dá força para que possamos tentar novamente, buscar algo complexo. É uma lição preciosa, assim como o fracasso.
Então, caros amigos, se por acaso quiserem algo, cuidado, eu posso ter aprendido a dizer NÃO!

Por Luan Barbosa, 23/08/2010

14/08/2010

Voltando pra casa, o tempo falou.


É incrível como aquela velha frase ‘o tempo modifica tudo’ parece tão sinistra quando se para para refletir...
Voltando para casa de ônibus, como faço sempre, deixei meus ouvidos se entregarem à estórias alheias que são contadas dentro daquele ambiente móvel que percorre parte da cidade.
Como sempre, nada de interessante:
‘Fiz minhas unhas ontem amiga, mas não ficaram legais’
‘Eu estou tão cansado de trabalhar’
É curioso como a vida alheia atrai tanto, mesmo não sendo nada interessante.
Perto de chegar em casa, uns dois pontos antes de minha parada, adentrou àquele veículo uma senhora e duas meninas, que pareciam ter 4 e 6 anos. Chamaram-me a atenção pela simplicidade que transmitiam no próprio jeito de ser.
De repente, ouço algo que aguça mais ainda minha curiosidade. A menina mais nova, relata para sua avó como houvera sido o passeio que fizera ao museu da cidade, seus olhos brilhavam enquanto falava:
- “Ai vovó, tinha um lustre lá, brilhava tanto, era tão lindo, mais tão lindo que chega a pessoa tinha vontade de ser feliz”.
Após pronunciar a última palavra eu fiquei tocado, olhei para baixo e senti vergonha de mim mesmo.
Há quanto tempo algo tão sem graça, tão simples e tão normal quanto um lindo lustre não tocava o meu ser? Há muito tempo.
Percebi então que o tempo leva, muitas vezes, sentimentos que fizeram parte de nossas vidas, da infância principalmente.
Hoje, o tempo e a sociedade nos roubam toda nossa sensibilidade e capacidade de ser feliz com tão pouco. Não somos mais tão criativos para criar situações que nos façam felizes. Não rimos mais com besteiras, não achamos graça com coisas tão inúteis, para nós.
Levantei a cabeça e puxei aquela velha cordinha que grita        ‘eu vou descer motorista’. Desci do ônibus e pude ver aquelas menininhas espremendo a cara na janela para ver um cachorro que passava pela rua, todo molhado e que se sacudia. Elas riram, riram alto e me fizeram abrir um sorriso e pensar em voz alta:
- Como é bom ser criança!
Caminhei mais um pouco até chegar em casa e no caminho, revoltado, pensava em alguma coisa há fazer pra mudar isso, não podia ser tão insensível às coisas tão belas da vida.  Foi quando decidi que na próxima semana vou ao museu, ver aquele tão iluminado lustre...

 Por Luan Barbosa, 14/08/10

08/08/2010

Meu pai

Pai que a gente ama desde que nos abraça,
que nos ensina a andar de bicicleta e que briga conosco quando somos dignos.
Pais que estão ao nosso lado onde quer que caminhemos, que nos apoiam em nossas decisões e nos dizem 'não' quando necessário.
Pais que são pais, heróis ou não, mas sempre pais.

31/07/2010

Uma nota musical


Lembrando-me hoje, daquela velha canção que escrevemos, percebi a profundeza que ela alcança e a grande emoção que ela transmite.
Há muito tempo a cantamos, sem esquecer uma única parte, sem enjoar ou cansar.
Pareciam aquelas músicas, escritas pelo Rei, músicas que perfuram a alma e invadem nosso íntimo.
Quantas vezes ela me tirou de angústias, tristezas e momentos difíceis? Muitas! Ela tinha mesmo esse poder.
E quantas vezes ela foi a trilha sonora de nossas alegrias, conquistas e divindades? Muitas. Ela era capaz de iluminar qualquer escuridão que nos tomasse.
Ouvindo a música hoje, não me parece igual. Como se alguém tivesse modificado sua letra, sua essência e sua força.
Não parecia tão bela, mas ainda sim a ouvia todos os dias. Era perceptível que havia mudado, mas por que, se eu não mudei em nada?
Talvez não eu, mas a outra voz mudara. Talvez tenha escrito uma nova canção, com uma nova voz e eu não me encaixe nessa música.
Não acho o tom, não sei quais são as notas musicais. Não posso cantá-la.
Cantar sozinho parece deprimente. Queria poder questionar: Em que parte na música nossa amizade desafinou? Mas você não me ouve, canta alto demais. Tão alto que acaba por perturbar o meu ouvir, sou obrigado a partir.
Já não ouço mais aquela canção com tanta frequência, com tanto louvor. Nem mesmo me arrepio no refrão, como acontecia de costume.
Mas assim são as canções, assim é a vida. Quando muito velhas, são substituídas. Resta-me procurar outra canção, onde a nota musical seja compatível com o meu tenor.
[...] Ainda lembro-me daquela canção, chamada amizade, ainda lembro-me de quando cantávamos, de quando sorriamos, ainda lembro-me...

Por Luan Barbosa, 31/07/2010

26/07/2010

O Grande Assalto


Lá estava eu, sentada Diante da maior autoridade que existia, dando meu depoimento, detalhando-lhe o que acontecera...
O dia amanhecera belo. O sol brilhava forte e aquecia o meu viver. Sentia-me esplendorosa, radiante com a vida. Dei bom dia a tudo e os pássaros me responderam com uma canção matinal. Sentia-me tão bem que resolvi vestir minha melhor roupa para ir trabalhar, queria que as pessoas percebessem minha felicidade e contagiassem-se.
Ao tomar café, agradeci pelo pão que me alimentava e desejei luz àqueles que não o tinham.
Sai de casa e já havia virado a esquina quando me lembrei que me esqueci de me perfumar. Não podia voltar, pois iria me atrasar. Logo mais a frente me deparei com um canteiro de rosas, rosas vivas e escandalosas. Aproximei-me, cheirei-as e senti o perfume delas me tomar num abraço amigo. Sorri agradecida e colhi uma rosa, guardei-a na bolsa.
Segui o meu caminho e logo estava no meu trabalho, pronta para mais um dia puxado. Ao sentar-me em minha mesa, deparei com uma colega de trabalho chegar, de cara fechada, e sentar-se também. Quando ela repousou foi possível perceber que ali também pairou algo desagradável.
Quando nosso chefe passou por nós, levantei-me e dei um Bom Dia, alegre e sincero. Fui presenteada com um “Está muito bem hoje Clara”. Vermelha, sorri agradecida e voltei ao trabalho.
Estava concentrada em minhas tarefas quando minha colega se aproximou de minha mesa e disse em tom enfurecido:
“você sempre puxando o saco do patrão. Se veste bem, sorri tudo para agradá-lo. Você é ridícula, assim como tudo a sua volta. Tire esse sorriso falso e volte ao trabalho”.
Senti-me arrasada. Meu dia havia sido tomado por nuvens cinza de inveja. Sentia-me mal e fui chorosa, ao banheiro. Chorei, chorei e chorei. Quando pensei em sentir raiva de minha colega, ouvi meu subconsciente dizer:
“quando lhe baterem numa face, oferecei a outra”.
Recompus-me e vi que o que ela dissera não fazia sentido. Revisei o meu dia e questionei: Ridículo? Não mesmo!
Voltei às minhas tarefas como se nada tivesse acontecido.
Ao final do dia, tinha superado aquele assalto ao meu bem estar e estava renovada. Antes de ir embora, peguei minha bolsa e tirei de lá aquela suave rosa. Senti novamente o seu perfume e a depositei sobre a mesa de minha colega, desejando boa noite e deixando-a perplexa.
Voltei para casa.
Agora, Deus ouvia o meu depoimento, pacientemente. Eu tinha certeza de que Ele já sabia de cada detalhe minucioso, mas fizera questão de me ouvir.
No fim, agradeci a força que me deu para superar e decidi não prestar queixa. Perdoei minha colega e desejei, profundamente, que um dia ela pudesse ter dias tão agradáveis como os meus.

Por Luan Barbosa, 26/07/2010

20/07/2010

Sem você

 
No dia do amigo, só posso agradecer...
Agradecer a cada distinto amigo que tenho. Amigos que me acolhem nas minhas angústias, que me abraçam em meus pesadelos e que sorriem em meus sonhos.
Sem cada um deles não seria o mesmo, nem de longe poderia suportar o viver.
Sem Aline eu não teria, jamais, paciência e bondade pelos outros, pois é ela que repassa essas virtudes.
Sem Alessandra eu não conseguiria seguir nos meus sonhos, pois é ela que me diz sempre: “Você pode Luh”
Sem Bebel, não poderia conhecer a meiguice que a vida tem.
Sem meu amigo Geraldo Neto, não poderia viajar pelo mundo da poesia.
Sem meu amigo Afonso, não teria a certeza de que tudo é possível.
Sem meu amigo Chico, não acreditaria em amizade com diferença de idades.

Sem a chata da minha irmã eu seria filho único, que saco né?!
Sem Amanda, não poderia curtir os melhores momentos nos piores lugares.
Sem minhas lindas Marias, não saberia perdoar ao próximo.
Sem Lígia, não saberia sorrir com tanta sinceridade.
Sem Myrelle, meus posts seriam apenas sombras.

Sem a doida da Jéh Barreto, eu não me sentiria tão confiante com o que faço.
Sem meu amigo Alemão, eu teria que ir ao supermercado todo dia e ir à academia sozinho.

Sem os novos, Geovanna, Nathalia, EloísaNicolas e Anderson que renovam o circulo

Sem o meu amigo Rafael, eu teria que me olhar no espelho direto.
Sem a Juh, o Binho, a Mel, a Flora e a Bruna eu não sonharia tanto com um futuro brilhante. (Uane também)
Sem cada um deles, citados e ocultos, eu poderia viver, porém me faltaria o ar em momentos sucintos.
Agradeço a cada um por me acolherem e me escolherem.
Feliz dia do Amigo...


Por Luan Barbosa, 20/07/2010

13/07/2010

Geração Redonda


Olho para trás e vejo guerreiros, lutando bravamente por seus direitos. Direito de ouvir, de falar e protestar, direito de ir e vir, direito de viver e sobreviver.
Isso tudo me parece tão distante. Lá, no passado, onde meus avós, meus pais puderam presenciar e até mesmo viver grandes feitos.
Estou falando de movimentos que reivindicavam algo que muitos queriam e que outros tentavam silenciar.
Olho à minha frente e vejo uma geração redonda. Sim, redonda. Uma geração que se acostumou com o pouco, conformou-se com medições, ditaduras modernas, maquiadas através da “moda”.
Não se vê, ou vê-se muito pouco, jovens protestando nas ruas, reivindicando situações a favor de sua classe estudantil. O jovem parece ter acompanhado a evolução da tecnologia, que trouxe muitos benefícios para a humanidade, mas que degradou a maneira de agir.
Hoje, protestos e reivindicações são feitos online, “xingando muito no twitter”.  Não que não seja eficaz, mas não tem aquele mesmo brilho quando abrimos um livro de história e vemos um movimento como “diretas já”.
Que conteúdo terão, agora, os livros? O que vamos estudar quando a Primeira e a Segunda Grande Guerra ficarem “velhas” demais? Nossa história não terá continuidade? É isso?
Onde estão os jovens que ouviam The Beatles, Elvis, Cazuza, Raul Seixas, Legião e tantos outros críticos de uma sociedade injusta? O que se vê são jovens ouvindo cada dia uma música nova, que são carentes de conteúdos e até mesmo vulgares. Músicas que até depreciam os grandes artistas que marcaram a história.
É a famosa geração redonda, a geração que acompanha a modinha e esquece-se de questionar, de criticar. Aceita, de pronto, tudo que se lança no mercado e faz disso a maior reverência.
É preciso um apelo, gigante, e principalmente a desacomodação da própria sociedade jovem. Se não quisermos ser esquecidos, teremos de voltar a brilhar como fizeram os grandes do passado, buscando uma identidade que parece perdida num cyber mundo, uma identidade que não pode, jamais, se esconder, pois foi ela que conquistou a diversidade, e tantos outros direitos. É direito seu o dever de dar continuidade a isso. Não seja mais um redondo a bolar na ladeira do declínio da história. Não seja só mais um a ocupar espaço e não mais produzir.


Por Luan Barbosa, 13/07/2010

07/07/2010

Um gol de sangue


E mais um caso insano ocorre no país.
Dessa vez, envolvendo um ídolo nacional, um ídolo que tem o nome clamado pela maior torcida de futebol do país, ou pelo menos tinha.
O caso estourou na mídia quando a jovem modelo Eliza Samudio, 25 anos, desapareceu sem deixar pistas e o goleiro Bruno seria o principal suspeito.
Dando abertura a uma intensa investigação e aprofundamento do caso, pode-se verificar que a jovem seria amante do goleiro e que estaria tentando provar na justiça que Bruno é o pai de seu filho, de quatro meses.
Eliza chegou a prestar queixa numa delegacia, alegando que durante a gestação Bruno teria tentado fazer com que ela tivesse um aborto usando medicamentos abortivos.
O goleiro chegou a dar uma declaração infeliz dizendo que às vezes, entre um casal, o homem pode bater na mulher, uma atitude normal, segundo ele.
Não sendo mais frio, o caso passou a ser manchete nacional e as investigações progrediram e uma série de fatores indiciava Bruno como um dos culpados pelo desaparecimento de Eliza.
Recentemente, um menor envolvido no caso prestou depoimento e relatou que Eliza estaria morta, contou, detalhadamente, o que vira. Em seu depoimento falou que Eliza fora esquartejada e tivera seus membros jogados aos cães, para que qualquer prova fosse apagada.
Ao ler o depoimento, forte, vem ao leitor uma grande náusea, emoção e revolta.  Quanta frieza cabe num ser humano, quanta maldade pode ter um “Macarrão”?
Não mais adianta falar dessa e de outras atrocidades que acontecem dia após dia. O que parece é que falar, denunciar e condenar essas ações não melhora em nada os acontecimentos no Brasil e no mundo todo.
A justiça decretou a previsão preventiva do goleiro e de mais sete possíveis pessoas envolvidas no caso. Mas como se fosse possível prever tudo acabará esquecido, mais uma vez.
Ficará órfã a pequena criança, sem ter a chance de, jamais, conhecer a mãe.
Fica o apelo que ao menos a justiça seja feita, não como vingança, porque nada trás uma vida de volta, mas como exemplo para que se possível for outros não cometam atos parecidos e seja preciso, mais uma vez, trazer notícias e relatos como esse.


Por Luan Barbosa em 07/07/2010

03/07/2010

Apagou-se a sexta estrela

Torcemos, vibramos, sorrimos e ao final choramos...
Infelizmente, nossa seleção brasileira de futebol voltou mais cedo pra casa. Lutaram, bravamente, até o último momento, até a última passada de bola... Mas não foi, não será mais... não dessa vez.
Que sensação estranha, que aperto no peito, que derrota...
Por que será que brasileiro sofre tanto? Acho que por sermos tão humanos, sensíveis e apaixonados por nossa nação. Somos brasileiros na vitória e também na derrota. Mas alguém aqui se envergonha de ser brasileiro? Se a resposta foi sim, mude-se para a Argentina.
Acho incrível nosso gingado. Depois da eliminação foi possível ver brasileiros beijando a camisa da seleção, mostrando orgulho e sorrindo.
Superar é o nosso lema, que venha agora 2014, em casa seremos um só, num grito gigante rumo, com certeza, à sexta e desejada estrela...


Por Luan Barbosa, 03/07/2010

25/06/2010

Reprisando um adeus


Dizer adeus nunca foi fácil. Dizer adeus a alguém que muito se importou com todos a sua volta é ainda mais difícil e dolorido.
Tão intenso quanto o sol que queima milhares de sonhos num mundo chamado África. Sim, África. Era lá que gostava de fazer aquilo que Ele nos pediu: amar ao próximo.
Michael Jackson sempre foi cercado de polêmicas, escândalos e denúncias. Mas sempre foi humano, e como foi, buscou fazer desse mundo um mundo melhor. Buscou, em seu lado tão criança, um mundo sem tristezas, sem vergonhas, sem derrotas...
Seria tudo um sonho? Talvez, mas o rei do pop tentava concretizá-lo como podia.
Não foi só na dança irreverente que ficou consagrado, mas no ato de ajudar e amar todos de forma igual.
Não se sabe ao certo o que se passou naquela louca cabeça dançante, mas pode-se ter a certeza de que como chuva no deserto, ele será sempre lembrado.
Um ano sem o maior ídolo do pop, um ano sem o maior artista, um dos maiores humanos que já “reinaram” nesse mundo.
Lágrimas e lágrimas rolam até esta data por sua partida. São familiares, fãs e até mesmo o Grande, mas ao certo precisou dele mais do que nós, seres terrenos.
Todos têm dois lados, um bom e um ruim, mas por que falar das más lembranças?
 Não, vamos lembrar-lo como se lembra de alguém querido, que partiu sem dizer adeus e deixou tanta saudade. Alguém que quis fazer da gente o mundo, da gente, crianças... (We are the world, we are the children)

 Michael, Michel Jackson.
Aquele que vem ao mundo faz dele uma lembrança
Chora, ri, brinca e lamenta não ser mais criança
Não é pesadelo, não é ilusão
Vai pra longe, mas de lá olha cada coração
Partindo sem dizer adeus, foi, voou e lá está
Serás sempre lembrado por aqueles que amou
Por aqueles que cultivou e por aqueles que auxiliou
Fica, no peito, a saudade que queima os fortes e abranda os fracos
Fica o desejo de rever-te um dia.
Mas se esse chegar, não agora será
Resta-nos esperar até que um dia possamos novamente te ver dançar...

Por Luan Barbosa, 25/06/2010

21/06/2010

O fracasso subiu à cabeça

E a história parece correr bem, tudo flores, tudo lindo, tudo como 
 sempre se sonhou.
Mas vêm então, aqueles que desistiram de sonhar, desistiram de tentar e desistiram de viver. Aqueles que amargam o sabor do fracasso e num ato egoísta oferecem-o a ti também. O fracasso tem a sutileza de um veneno e o poder de um choro mortal. Você está imune à este mal, você tem força para sonhar, tem garra para lutar e tem vontade... Mas, o fracasso é um dragão de múltiplas faces e que lhe apresenta muitas verdades que acabam por te convencer. Ainda não está domado, recorre então à ajuda de seus guardiões, amigos que sempre te apoiaram. Como se tomasse um êxtase e tudo fosse alucinação, delírio, você escuta dos seus amigos palavras que rasgam fundo a alma, destroem toda a sua estrutura e te fazem fraquejar... “desiste, talvez seja melhor...”
Desistir? Será? E todos aqueles planos?
Você tem a vontade ainda de seguir seu coração, mas se sente sozinho, desamparado. Como caminhar só na escuridão? Parece loucura.
É assim que você admite que errou, que está no caminho errado. Cava um buraco, bem fundo, e lá enterra todos os sonhos passados, os desejos e a força que você tinha para buscá-los. Ao despencar terra sobre toda aquela trajetória, as pessoas a sua volta parecem gozar de uma felicidade que você não enxerga. Por que estamos felizes?
Sem muito compreender, é levado dali rumo a uma estrada que não é a sua, uma estrada que te fará bem, ao menos diante dos olhos alheios.
Começa a trilhar esse novo caminho, mas parece que não há brilho, apesar de todo ouro que há em volta. Vem então a pergunta crucial da consciência: Estou fazendo a coisa certa?
Mas parece tarde para voltar, tudo está perdido, o desejo  de viver, o pretérito queima em sua alma, mas você já fez uma escolha, uma má escolha e agora está condenado a infelicidade perpétua...
[...]
A chuva forte trás consigo trovões que ensurdecem o teu ouvir. Remexendo-se na cama, suado e assustado você torna a enxergar, vê-se quieto, num lugar que lhe parece familiar.
- Estou em casa, graças a Deus!
Aflito, olha na parede e procura por aquela relíquia que muito ama. Aliviado, vê que aquele velho diploma de jornalismo continua a brilhar, iluminando toda uma vida, toda uma história e fazendo-te sorrir sempre, mesmo quando tens pesadelos... 

Luan Barbosa, 21/06/2010

16/06/2010

Na luta pela sexta estrela

A luta de leões já começou e vale todo esforço e força para que, no fim, se possa levantar a conquista dourada e mostrar que foi o mais forte.
O Brasil, a fera mais experiente, tenta dessa vez superar o fracasso e a decepção de uma nação sobre sua forte manada de craques na última briga de gigantes na Alemanha, em 2006.
Num cenário inspirador, onde é mesmo preciso lutar para sobreviver, a seleção brasileira de futebol não mostra aquela arrogância da copa passada, mas muita segurança e vontade de ser o melhor, novamente.
Numa terra cheia de contrastes como a África, é difícil ver apenas o lado belo do continente enquanto o lado sombrio é maquiado para não ser destaque.
O primeiro desafio passou, apesar do show de talento foi difícil atropelar o adversário, mas assim foi. Aos poucos a nação brasileira vai passar a acreditar mais na própria seleção e torcer ferverosamente para que saia sempre o gol de campeão.
A vontade de gritar HEXA explode em cada coração brasileiro, em cada momento de concentração. Quando está em campo, o Brasil não tem apenas 11 jogadores, mas mais de 190 milhões de sonhadores que impulsionam a seleção, criam uma defesa indestrutiva e atacam com a moderação de quem quer ser o melhor.
Todos guerreiros, todos brasileiros. Juntos, mostrando o que se pode ter quando se sabe fazer.
É então que apreensivos, cada torcedor apaixonado mostrará suas emoções: gritos de entusiasmo, medo, risos e até mesmo lágrimas, se assim o for.
Torcer unido sempre fez do país mais forte e veroz. É assim que nenhuma outra fera poderá atropelar o sonhos do brasileiro. Rumo ao hexa, a felicidade e a mais uma conquista dourada.

Publicado em 16/06/2010

07/06/2010

Renovação

Todo mundo vive dizendo que é sempre bom provar de novos ares...
O blog, então, tá de cara nova para agradar você, leitor, e deixar a leitura mais confortável e dinâmica.
Sem fugir do tema que eu proponho (escrever como num diário) o novo visual é bastante inspirador e alegre.
Como toda pessoa que faz uma ação esperando o julgamento alheio, espero que vocês gostem e continuem visitando o blog.

"A arte de renovar está presente em cada singularidade do tempo".

Por Luan Barbosa. (07/06/10)

Abrindo mão



É comum presenciar histórias e ouvir depoimentos de pessoas que choram porque tiveram que abrir mão de algo que mais queriam, desejavam intensamente, davam a alma e entregavam o coração. São sonhos, amores, oportunidades... Cada qual sabe a dor de perder aquilo que tinham como objeto de vida.
Cada um sente uma dor única ao ver o seu companheiro, seu sonho, partir. É difícil dizer adeus àquilo que você mais estima, mas às vezes é necessário para que se possa crescer, amadurecer e mais tarde voltar a florescer.
Como se um abismo se abrisse no peito, como se o dia fosse sempre nublado, como se as flores perdessem toda a essência e o deserto fosse feito só de areia.
Mas é preciso entender que tudo o que acontece tem um bem maior, que nada é por acaso e que os planos dEle têm sempre um propósito maior, só é preciso esperar e procurar entender.
É muito fácil falar, sei bem disso, mas é mesmo preciso tentar superar essas perdas. Lembrar que as nuvens são passageiras e que o sol vai voltar a brilhar, aquecendo nossos prazeres, que todo abismo pode ser preenchido com dedicação a atividades que engrandeçam a alma, que nenhuma flor perde sua essência, você pode parar de senti-la por um determinado tempo, mas quando voltares a abrir seu olfato para a vida voltarás a percebê-la e que nenhum deserto é só areia. Existem seres que passam despercebidos pelos olhos egoístas e arrogantes, seres que são dignos de muita atenção e admiração.
Cada passo dado é uma tentativa de superar essas perdas. Lembrando sempre que se fecha uma porta aqui, mas se abre uma janela mais larga ali.
Mantenha-se equilibrado nesses momentos, lembre-se que você não caminha só, que aquele único par de pegadas na areia não são seus, são daquEle que mais te ama, que te carrega quando mais sentes o peso da vida em seus ombros.
Sorria ontem, hoje e amanha. Sorria sempre, pois verás um lado da vida que jamais enxergou. O mais espera e confia, pois o tempo cura todas as feridas. Feridas viram cicatrizes, mas cicatrizes não causam dor, só trazem à tona lembranças de coisas que já se foram e se não queres lembrar, faz então uma tatuagem (nova história) e cubra suas dores com novas emoções.

26/05/2010

Adoção ou abominação?

[...] É sempre preciso reprisar os extintos humanos e a falta de tais.


Em que mundo ainda se vive? Parece que o século XXI se reduz para o século XIX, século das atrocidades. A tecnologia evolui, sistemas de comunicação, transporte, informação. Mas a sociedade parece, em si, não progredir, ao contrário. Parece que se vê um retrocesso em nosso mundo.

O caso que choca, dessa vez, é o da Vera Lúcia Santana Gomes, 57 anos, procuradora aposentada que adotou no início desse ano uma menina de dois anos. A história parecia diferente: uma cidadã brasileira, que cumpre seu dever perante a lei, é honesta acaba por adotar uma criança para ter satisfação pessoal, fazer um bem enorme para a sociedade e para a própria criança.

Bem, seria linda a história, mas não teria a repercussão que teve, já que coisas boas raramente são noticiadas no meio de comunicação. O rumo da história passa de romance para tragédia. A procuradora da justiça foi denunciada e agora responde por maus tratos à menor.

Acusada de tortura (colocar a criança no mesmo local onde ficava o seu cachorro), agressão (a criança precisou ficar internada três dias no hospital devido aos profundos hematomas) e racismo (por se tratar de uma criança negra), a doutora, em defesa, simulou uma mancomunação contra ela.

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, rede Globo, a procuradora vestiu uma máscara de boa mãe adotiva e tentou se defender como podia, afirmando que só pensava no melhor para a criança. Sustentou a tese de que os seus ex-empregados armaram contra ela e que tudo não passa de um mal-entendido. A promotora responsável pelo caso faz cara de deboche e afirma:

- Isso é fantasioso!

Sem escrúpulos, a procuradora chora na entrevista e diz sentir falta da menina. Não convence ninguém, nem ela mesma se convence. Ao ver essa cena a promotora diz que ela chora porque está num presídio, que não sente falta da menina e que não se arrependeu, aliás, nem vai, porque ela nega os fatos.

Vestida de hipocrisia a procuradora parece até arrogante, o que é ainda mais revoltante. Mas para a satisfação popular, a promotora garante que há provas suficientes e que ela será condenada.

Agora resta entender o que leva um ser a tal distúrbio? Por que tirar uma criança de um orfanato para maltratá-la? A complexidade desse ser chega a embrulhar o estômago. Não merece espaço na sociedade, não merece qualquer manifestação de respeito, pois pior que ferir a própria vida é ferir a dos outros.

Felizmente, o que ocorre é que a justiça parece estar se movendo a favor do progresso do país. Certamente Vera Lúcia não ficará impune, mas esse é só mais um caso de tantos.

É preciso ainda trabalhar muito para se ter um mundo mais lúcido. Canalizar todo esse ódio, egoísmo e vaidade num meio em que se faça bem às pessoas. Tal dia parece demorar a chegar, mas chegará , é preciso ter convicção nisso, porém, só acreditar ainda não é o bastante. É preciso mais do que ler essa notícia, se comover e se revoltar. É preciso buscar e cobrar da própria sociedade uma limpeza moral e uma reforma de valores a fim de que se possa fluir, futuramente, a serenidade nas mentes.