10/04/2010

O que eu sei não é o que eu posso dizer

Nosso país vive numa sociedade e governo democráticos, mas nem sempre foi assim.
Aquela velha história, que todo mundo estudou, da ditadura militar que se inicia no ano de 1964 e só vai acabar depois de 20 longos anos.
Nessa época, instauram-se no país os famosos atos inconstitucionais (AI 1, AI 2, AI 3, AI 4 e AI 5) que destroem, sem pudor, o senso de democracia e a liberdade de expressão.
A área jornalística sofreu muito com esses atos que cortavam qualquer direito do cidadão. A censura foi estabelecida e escritores e artistas não podiam dizer o que realmente pensavam.
Nesses tempos, os fatos jornalísticos eram, frequentemente, distorcidos, quando não alterados por inteiro. O governo procurava controlar todas as notícias e fatos repassados para o público, através dos jornais impressos e televisionados, modificando tudo a seu favor a fim de que parecesse que o Brasil ia bem e que nada de ruim acontecia, não aos olhos alheios.
Fatos como epidemias que matavam em série eram reduzidos a “virose sem importância que pouco afeta o organismo”, isso tudo para não alarmar o país. Era de praxe os apresentadores de jornais serem surpreendidos com a visita de oficiais segundos antes de entrarem no ar e receberem a ordem de mudar a notícia, sobre o risco de serem presos por difamação ao estado federal.
Bem, é compreensível que naquela época os responsáveis por transmitir ao público tudo que vem acontecendo no país, com pluralidade, ética e profissionalismo (jornalistas), fossem obrigados a mudar a postura e retorcer o acontecido, afinal praticamente repetiu-se a “santa inquisição” na ditadura militar.
Mas hoje, não se vê motivos para que profissionais e redes de comunicação ainda façam isso. É comum ver profissionais dessa área tomarem partido e mostrar apenas o lado que vos interessa, deixando a verdade não oculta, mas com ênfase naquilo que realmente interessa. Acontece muito isso na área da política, em tempos de eleições, emissoras tomam partido, por muitas vezes interesse financeiro e econômico, e fazem do bandido o verdadeiro herói.
É um absurdo ver-se isso em pleno século XXI. A população precisa, sempre, saber o que realmente é fato e o que parece ser. Os tempos de ditadura já se foram e aquele velho “Brasil, ame-o ou deixe-o” já passou também.
Assim, como bom jornalista que pretendo ser, chamo a responsabilidade aos demais para cumprirem o compromisso de serem íntegros à profissão, passando sempre o que realmente foi, é e pode ser. Agindo com ética profissional, como todo profissional deve fazer, imparcialidade e sendo fiel ao alvo a ser atingindo, tendo em mente que o que eu sei é o que eu vou dizer, sempre!

(Luan Barbosa)

4 comentários:

  1. Eita molesta falou do assunto que eu mais gosto a Historia Brasileira!! ( Se prepare que agora vou falar )

    Realmente a Ditadura no Brasil foi uma das mais severas impostas principalmente pós AI5 que retirava qualquer direito de impor sua opnião sobre qualquer assunto principalmente contra o governo militar ( QUE DIZIAM SER PARA NOSSO BEM) ouvi muitas historias do meu querido avô sobre torturas as jornalistas que sem temer a morte mostravam sua revolta contra um governo tão rude com as pessoas *-*
    VEYY OTIMO POST '--'

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  2. E Olha q nossos costumes dependem dos outros hem!

    Brasil! =/

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  3. Mto bom o tema desse texto, realmente hj em dia a comunicação do Brasil eh 99% partidária...o maior exemplo eh aki na PB, correio do lado de maranhão e jornal da pb do lado do grupo cunha limaa, cada um manipulando para o seu candidato....enfim, o jornalismo deveria ser um instrumento da verdade, mas nem sempre ée...

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  4. A ditadura militar foi a pior época que o Brasil já viveu. Tudo acontecia mas ninguém sabia de nada e nem podia "reclamar". O país estava dominado por uma fumaça negra! E alguns dos elementos desta 'fumaça' ainda repercurtem nos dias de hoje, como exemplo, a censura que distorcia dados jornalisticos para favorecerem o país. Isso é ridiculo e vergonhoso. Porque a população tem o direito de saber da verdade!




    Luan, arrasou eim! Perfeiita exposição sobre um período tão marcante e mediocre. Continue sempre assim. como eu ja disse, você vai revolucionar o jornalismo mundial. hehehe.

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